Rio, 23 (Agência Brasil - ABr) - A Justiça Federal decretou hoje (23) a prisão temporária de sete pessoas acusadas de comandar um esquema de concessão fraudulenta de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS) da agência da Previdência Social no bairro de Irajá, na zona norte da cidade. Entre os presos está o gerente executivo da agência de Irajá, João Cláudio Nigro. A esta gerência estão subordinados onze postos, entre eles os de Bangu e Realengo, na zona oeste, onde foram verificadas as fraudes e efetuadas as prisões.
Nos postos do INSS de Realengo e Bangu foram auditados 1.100 benefícios fraudulentos, maioria em valor superior a R$ 1.400,00, quase o teto das aposentadorias pagas pela Previdência. Somente esses benefícios dão um prejuízo mensal de R$ 1.500.000,00 aos cofres da Previdência Social no Rio de Janeiro.
Além do gerente executivo do posto de Irajá estão presos: Renilson Bezerra de Lima, servidor lotado na gerência de Irajá, Tereza Dantas Baptista, assistente de João Nigro, Luis Carlos Loureiro de Barros, da Divisão de Concessão de Benefícios da Gerência de Irajá, Paulo Dias de de Almeida, coordenador de Benefícios do posto de Olaria, Ana Paula Soares dos Santos, chefe da agência de Realengo e Fabiano Alves Barbedo, lotado no posto de Bangu e contratado de uma empresa que presta serviços ao INSS.
A concessão de aposentadorias fraudulentas por tempo de serviço é responsável por um rombo de R$ 80 milhões, somente no ano passado, aos cofres da Previdência Social, no Rio de Janeiro.
A força-tarefa, criada para acabar com as fraudes contra o INSS, é composta pela Delegacia de Crimes Previdenciários da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e por fiscais do próprio instituto. Durante a operação, a força-tarefa fez uma apreensão de mais de R$ 76.000,00 em poder da quadrilha.