Polícia Federal instalará unidade de repressão a entorpecentes no RJ

23/07/2002 - 12h58

Brasília, 23 (Agência Brasil - ABr) - Até o final deste ano deverá ser inaugurada a unidade de repressão a entorpecentes da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, base das ações da Força-Tarefa criada para combater a criminalidade no estado. A informação é do coordenador da Força-Tarefa, Getúlio Bezerra, durante reunião no Ministério da Justiça, acrescentando que também será dada prioridade às investigações financeiras do tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes conexos, como a venda ilegal de armas. Ele reiterou que "a força-tarefa não é um programa de salvação nacional, nem assume a segurança pública de nenhum lugar. São ações pontuais e integradas para tentar neutralizar manifestações graves e de combate ao crime organizado".

Ao abrir o encontro, nesta manhã, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Celso Campilongo, destacou que a agilidade, capacidade de deslocamento e a intervenção em situações especiais são as principais características do Plano de Força-Tarefa. Ele disse ainda que foram tratadas as operações de combate à criminalidade no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, inclusive envolvendo uma discussão mais nacional.

"É um trabalho de reforço e alimentação de um conjunto de informações que possam facilitar o combate ao crime organizado no país. Eu diria, inclusive, que a vantagem comparativa que tem um estado democrático, um estado de direito no combate à criminalidade é poder centrar as informações. E com base nelas desempenhar e desenvolver um trabalho de assimetria informacional. Ou seja, vantagem comparativa que tem o estado para que essa assimetria seja evidencializada", enfatizou, observando que é preciso, porém, um trabalho de coordenação entre as diversas agências e instâncias do governo.

Campilongo informou também que estiveram presentes à reunião representantes da Marinha, da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, da Secretária da Receita Federal, entre outros. Ele contou que uma outra reunião para discutir a Força-Tarefa será agendada para brevemente com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e outras instâncias do governo para poder "azeitar uma máquina de produção de informações contra o crime organizado".