Brasília, 21 (Agência Brasil - ABr) - A criação de um único indicador para medir a pobreza e, a partir dele, serem traçadas estratégias de combate ao problema com mais eficiência, começa a ser definida a partir da próxima terça-feira. Nesse dia, o ministro da Previdência, José Cechin, e a secretária de Estado de Assistência Social, Wanda Engel, reúnem-se na sede da Comissão Consultiva de Referência e Estudos da Assistência Social (Creas), no Rio de Janeiro, com os especialistas em pobreza, Ricardo Paes de Barros, do Ipea, e Marcelo Neri, da FGV, entre outros.
Esse novo indicador, na opinião da secretária, não deverá levar em consideração apenas a renda das pessoas, pois já é consenso que a pobreza tem várias faces. Engel argumenta que os índices de pobreza devem ter melhorado muito, pois educação e saúde deram um salto, conforme o último censo, e esses são dois fatores considerados para dimensionar a pobreza.
"A idéia é definir um único critério para estabelecer a linha de pobreza, o que vai acabar com as informações desencontradas e com a divulgação de discrepantes números de pobres e indigentes", explica Wanda Engel.
Em novembro, já com esse novo indicador definido, a secretária participa de reunião, em Brasília, com representantes de 15 países da América Latina e Caribe (continuação do encontro realizado no mês passado, no Rio), para que cada um deles também adote o critério de um único indicador. "Assim, todos nós teremos condições de fazer comparações mais fidedignas", assegura Wanda Engel.