Brasília, 21 (Agência Brasil - ABr) - Parentes e amigos de Renata Vieira Gonçalves Lopes, 32 anos, realizam neste momento, no Parque da Cidade, um protesto de alerta contra os erros médicos. Renata, que vinha fazendo tratamento para inseminação artificial, está há 6 meses em coma profundo, após submeter-se a um exame de videolaparoscopia na Clínica Cenafert, de propriedade do Dr. Joaquim Roberto Costa Lopes.

Segundo o pai de Renata, Luiz Felipe Gonçalves, no momento em que estava sendo feito o exame, em 28 de fevereiro deste ano, o anestesista Demétrius Magnus Ribeiro saiu da clínica, deixando a paciente anestesiada, e o Dr. Joaquim não acompanhou o processo de recuperação de Renata, que sofreu uma parada cardíaca sem ninguém no consultório. Renata passou 15 minutos sem oxigenação do cérebro, o que levou à lesão. "Quando um pai chega a pedir a Deus que leve a própria filha, imagine a situação", desabafou Luiz Felipe.

Um megafone e a Internet tem sido os instrumentos utilizados pelos familiares para tentar fazer justiça, já que, na opinião do pais da paciente, o Conselho Regional de Medicina tem sido omisso neste e em vários outros casos que envolvem "ricos figurões da medicina". Luiz Felipe lembrou que este não é o único caso envolvendo o médico Joaquim Roberto. Há um mês, morreu Ana Luíza Canhedo, nora do empresário Wagner Canhedo, nas mãos do mesmo ginecologista.