Segurança especial nas praias do Rio

16/07/2002 - 19h14

Rio, 16 (Agência Brasil - ABr) - O secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Aguiar, anunciou hoje à imprensa o plano especial de segurança para a Orla Marítima, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no trecho que vai do Leme a praia do Pepino. O Projeto Cinturão Turístico de Segurança terá um grande aparato policial para prevenir e reprimir os crimes comuns em áreas mais freqüentadas por estrangeiros. O projeto está sendo desenvolvido pelo subsecretário de Planejamento Operacional da Secretaria de Segurança, delegado Carlos Leba, que também participou da coletiva.

Roberto Aguiar anunciou também a criação de uma Área Integrada de Segurança Policial em Turismo (AISPT) para planejar e interligar as operações deflagradas em todas as Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs), que tratam de interesses dos turistas. O projeto tem como meta criar um programa permanente de ações e reforçar e aprimorar o policiamento que já existe na área.

Outra medida anunciada pelo secretário é a transformação da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (DEAT) em Delegacia Legal. Segundo ele, na unidade trabalharão delegados e agentes que falem, no mínimo, dois idiomas. "Em meio aos 45 mil homens da Polícia Militar e da Polícia Civil tem muitas pessoas capazes de fazer um atendimento qualificado aos turistas. Basta fazer um remanejamento dos policiais para obter o melhor quadro de pessoal", disse ele.

No dia 24 de julho, representantes da rede hoteleira, entidades que trabalham com turistas, comandantes dos batalhões da PM e autoridades da Secretaria de Segurança se reunirão no hotel Copacabana Palace, em Copacabana, para acertar mais detalhes do Projeto Cinturão Turístico.

Somente na área do 19º Batalhão - do Leme ao Posto 6 de Copacabana - a Polícia Militar conta com cinco cabinas fixas, duas cabinas sobre rodas, quatro barracas na areia da praia, dois quadriciclos e dois bugres. A área do 23º Batalhão - do Arpoador a Praia do Pepino – estão instaladas dez cabinas, um polígono de segurança, um bugre e um quadriciclo.

Além disso, e de muitos policiais militares fardados, outros policiais estarão trabalhando descaracterizados em todas as praias para prevenir roubos e assaltos.

A grande preocupação do secretário é o fato de que nas ruas mais visitadas por turistas existem muitas crianças infratoras. "Nós não podemos agir com crianças somente com ações repressoras. Questão de crianças nas ruas não é questão somente de segurança. É um problema social de abandono. Vamos fazer uma ação multidisciplinar e institucional para tratar dessas crianças. Elas não podem ser retiradas das ruas por questões paisagísticas. Elas têm que ser tratadas humanamente", afirmou Roberto Aguiar.