Rio, 16 (Agência Brasil - ABr) - A juíza Sônia Maria Gomes Pinto, da 1ª Vara Criminal de Bangu, marcou para o dia 22 deste mês o interrogatório dos presos Luiz Fernando da Costa, o "Fernandinho Beira-Mar", Marcos Marinho dos Santos, o "Chapolim" e Marcos Antônio da Silva, o "Marquinhos Niterói", que apesar de presos em Bangu tiveram a prisão preventiva decretada hoje por ela. Os três são acusados de formação de quadrilha armada, extorsão e associação para o tráfico.

Em sua decisão, a juíza destaca que "os denunciados encomendam, adquirem e introduzem no país armamentos de grosso calibre e material de uso bélico. A liberdade dos acusados, explica a magistrada, "certamente coloca em risco a ordem pública". Tornou-se claramente demonstrado o clamor público, de repercussão nacional, com o resultado das diligências realizadas para apuração dos fatos"- destacou.

A juíza Sônia Maria Gomes Pinto esclareceu que a prisão preventiva dos réus – embora eles já estejam presos – significa mais um processo para dificultar a concessão de qualquer benefício aos acusados.

Para evitar o deslocamento dos presos – o que acarreta transtornos ao trânsito e movimenta dezenas de policiais – a juíza decidiu comparecer ao presídio Bangu 1, onde os três acusados se encontram cumprindo pena por outros crimes, para interrogá-los.

No mesmo dia, ela interrogará o advogado Hélio Rodrigues Macedo, preso na Polinter, que por ter curso superior, será ouvido no fórum de Bangu. A juíza Sônia Maria já oficiou à Ordem dos Advogados do Brasil pedindo providências administrativas contra o advogado e para que a polícia faça um levantamento sobre as atividades do acusado, a fim de saber se ele cometeu outros delitos. O advogado só não foi denunciado por tráfico como os outros três presos.