Brasília, 8 (Agência Brasil - ABr) - A superintendente de concessões e autorizações de geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Rosângela Lago, explicou, em entrevista à Radiobrás, os benefícios das usinas eólicas, movidas pela força dos ventos. Segundo ela, o País tem abundância de locais com ventos favoráveis e que devem ser aproveitados. "É um pouco diferente das outras usinas, são tecnologias novas que chegam no Brasil. Não há desvantagens, mas alguns impedimentos que serão superados".
Essas usinas, explicou, "utilizam torres colocadas em locais onde há bons ventos, que fazem com que os geradores se movam e, a partir daí, a energia é produzida". Atualmente, o Brasil possui apenas oito usinas eólicas em operação, situadas em Fernando de Noronha, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraná. "Elas são suficientes para atender uma população de 16 milhões de habitantes, considerando apenas um padrão de consumo residencial", destacou Rosângela.
O investimento inicial para uma usina eólica é, em média, de R$ 2.500 por kilowatt instalado. "É um pouco superior ao de uma hidrelétrica, mas após a construção não haverá mais custo, porque só dependerá dos ventos", acrescentou a superintendente.
Os investimentos nas usinas eólicas não são feitos pelo governo, que apenas determina as políticas de incentivo para os investidores privados. Segundo Rosângela Lago, ainda deverão ser implantadas no Brasil 55 usinas hidrelétricas, nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia.