Brasília, 8 (Agência Brasil - ABr) - A regulamentação da profissão de 'sommelier' está em análise no Senado. Trata-se do profissional que atende em restaurantes, hotéis e bares, orientando o consumidor na harmonização dos alimentos com o vinho e ensina aspirantes à profissão ou aos amantes do vinho a degustarem a bebida. O projeto é de autoria do senador Edison Lobão (PFL-MA) e prevê salário mensal de R$ 525 para a jornada de trabalho semanal de 44 horas.
Lobão lembra que o primeiro milagre de Jesus Cristo, a pedido de Maria, foi transformar água em vinho, nas bodas de Caná, conforme conta S. João (II). A partir daí a magia do vinho teve uma trajetória que não envolveu apenas seu buquet. Segundo pesquisas, o vinho tinto combate a oxidação das células, as doenças cardíacas e a osteoporose. Em mais de 2000 anos de história médica e cirúrgica, o vinho foi o único antiséptico. Era com vinho que se lavavam os ferimentos. Misturado com ervas ou ungüentos era usado como cataplasma que, colocado sobre a pele, combatia o reumatismo.
O parlamentar destaca que a indústria brasileira do vinho evoluiu. Mas, que na hora de se fazer
a propaganda, especialmente, ao turista estrangeiro, o Brasil não tem profissionais qualificados - uma desvantagem para o produto nacional, inclusive na exportação. Segundo Lobão, a atividade de sommelier já é exercida no Brasil, de fato, por centenas de profissionais habilitados pela
Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), entidade sem fins lucrativos e que tem como objetivo social qualificar pessoal especializado no ramo.
O presidente da entidade, em Brasília, Antonio Duarte, considera que o projeto vai qualificar garçons e maitres, criar mão-de-obra mais qualificada, proporcionando melhores oportunidades de trabalho no Brasil.