Líder do DEM diz que Paulo Octávio tem até amanhã para sair espontaneamente do partido

23/02/2010 - 12h21

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O líder do Democratas na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), disse que está mantido o prazo até amanhã (24) para que o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio, decida se quer ficar no partido ou no governo. "Já há maioria formada no partido pela expulsão sumária", disse.

O prazo foi dado depois que o governador licenciado, José Roberto Arruda, foi preso. Com Paulo Octávio assumindo interinamente o comando da capital, o partido determinou que todos os integrantes do governo do DF que sejam do Democratas saiam imediatamente se quiserem ficar no partido, inclusive Paulo Octávio.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) tem a mesma opinião. Disse que o partido não irá ceder ao governador interino. “Se ele quiser ficar no governo, tem de sair do DEM. Senão, não tenho dúvidas de que será expulso”, disse.

O DEM tem reunião da Executiva Nacional marcada para amanhã (24). Hoje (23), o senador Demóstenes Torres (GO) e o deputado Ronaldo Caiado (GO) devem formalizar o pedido de expulsão de Paulo Octávio do partido. A ideia é evitar que a reunião seja novamente adiada.

A reunião vai discutir também o caso do secretário de Transportes, Alberto Fraga (DEM), que ainda não deixou o governo. Ele tem sido um dos principais interlocutores de Paulo Octávio e tem aconselhado o governador interino a não renunciar ao cargo.

Fraga disse que o partido é "incoerente" na sua determinação. E disse que a expulsão do partido não irá descolar a crise da legenda. "O DEM não fica fora do escândalo, que já ficou rotulado como Mensalão dos Democratas", disse.