Mais de 20 mil pessoas são esperadas no último dia de funeral de Mandela

13/12/2013 - 7h59

Danilo Macedo
Enviado especial à África do Sul

Pretória – Mais de 20 mil pessoas são esperadas hoje (13) no último dia de funeral do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, segundo estimativa de autoridades locais. O caixão com o corpo do líder deixou o Hospital Militar, nesta sexta-feira, para a última exposição no Union Buildings, a sede do governo da África do Sul, em Pretória. 

Pelo terceiro dia, o corpo percorreu o trajeto entre o hospital e o palácio em um cortejo fúnebre com cerca de 40 veículos. Mais uma vez estava junto o neto dele Mandla Mandela, como manda a tradição do povo Xhosa, que diz que um homem adulto da família deve acompanhar o corpo até o momento do enterro – programado para o domingo (15).

Na chegada, a banda militar tocou o hino nacional do país. A segurança, como sempre, reforçada com milhares de homens nas ruas e helicópteros sobrevoando a região. Será a última vez que o ganhador do prêmio Nobel da Paz de 1993 poderá ser visto pelos admiradores. Desde que começou a visitação pública para o último adeus, há dois dias, filas quilométricas se formam diariamente.

De acordo com as autoridades locais, cerca de 20 mil pessoas estiveram ontem no Union Buildings. No primeiro dia, quando a visitação pública só foi aberta às 12h – após parentes, amigos, personalidades e autoridades em luto passarem pelo local –, aproximadamente 12 mil pessoas estiveram no funeral.

Em muitos casos, é preciso enfrentar mais de seis horas de fila para o último adeus ao ícone da luta contra o apartheid. Algumas pessoas que tentaram e não conseguiram ver o corpo de Mandela nos últimos dois dias, porque a visitação se encerra às 17h30 do horário local, disseram que insistirão mais uma vez.

Amanhã (14), o corpo do líder africano que morreu há uma semana, aos 95 anos, será transportado de avião até o vilarejo de Qunu, onde nasceu e passou sua infância e, agora, fará seu último descanso. O sepultamento ocorrerá no domingo, numa cerimônia restrita a familiares e amigos próximos.

Edição: Talita Cavalcante

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