Leilão de geração de energia termina com deságio de 8,67%

13/12/2013 - 17h31

Daniel Mello*
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O 18º leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para contratar energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração de fontes hidráulica, eólica, solar e termelétrica (a biomassa, o carvão ou gás natural em ciclo combinado) terminou com deságio médio de 8,67%. Ao todo, 119 empresas arremataram empreendimentos e ofereceram deságio médio de 8,67%, equivalente a R$ 3,34 bilhões.

A energia eólica teve o maior número de vencedores (97), seguida pelas pequenas centrais hidrelétricas (16) e a biomassa (5).

O principal empreendimento da concorrência, a Hidrelétrica São Manoel, foi arrrematada pela Terra Nova - formado por Furnas (33,33%) e EDP Energias do Brasil S.A (66,66%) -, que ofereceu o preço de R$ 83,49 por megawatt-hora, deságio de 21,97% em relação ao teto proposto de R$ 107 por megawatt-hora. A usina deverá ser construída no Rio Teles Pires, em Mato Grosso, e terá potência de 700 megawatts e investimento total de R$ 2,7 bilhões.

Haviam sido habilitados para o leilão 687 projetos, dos quais 539 são empreendimentos eólicos, 88 solares fotovoltaicos, sete solares heliotérmicos, 32 pequenas centrais hidroelétricas, dois hidrelétricos, 14 termelétricos a biomassa, quatro termelétricos a carvão e um termelétrico a gás natural.

O leilão resultou na contratação de 3.507 megawatts para suprir a demanda do país em 2018, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na avaliação da empresa, o leilão foi bem sucedido. 

Além da Hidrelétrica São Manoel, Furnas também arrematou, com empresas privadas parceiras, quatro complexos eólicos, com capacidade de 570 megawatts localizados no Rio Grande do Norte, no Ceará e na Bahia. Todos os empreendimentos têm entrega prevista para 1º de maio de 2018. De acordo com Furnas, o arremate dos empreendimentos eólicos sinaliza “a estratégia da empresa de ampliar e diversificar cada vez mais as fontes de geração de energia limpa”.

*Colaborou Nielmar de Oliveira, do Rio de Janeiro

Edição: Carolina Pimentel//Texto atualizado às 20h07 para acréscimo de informações

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