Morre no Rio o ex-jogador Nilton Santos

27/11/2013 - 17h00

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O ex-jogador Nilton Santos, craque da Seleção Brasileira de Futebol nos campeonatos mundiais de 1950, 1954, 1958 e 1962, morreu às 15h50 de hoje (27), aos 88 anos, no hospital da Fundação Bela Lopes, em Botafogo, onde estava internado, com  infecção pulmonar. Nilton Santos, que, além da seleção brasileira, jogou apenas no Botafogo, sofria há anos do mal de Alzheimer.

O corpo do ex-jogador está sendo velado na sede do Botafogo, na Rua General Severiano, no bairro de mesmo nome. O sepultamento está previsto para amanhã (28), às 16h, no Cemitério São João Batista,também em Botafogo.

Conhecido como “a enciclopédia do futebol”, por seus conhecimento sobre o esporte, o bicampeão mundial Nilton Santos foi eleito pela Fifa, em 2000, como o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos. Ele disputou 84 partidas pela seleção brasileira, pela qual fez três gols.

Ídolo do Botafogo, foi também o jogador que mais atuou em partidas pelo clube: 723 jogos em 16 anos. Carioca da Ilha do Governador, nascido em 16 de maio de 1925, Nilton Santos começou a carreira em 1948 no Botafogo. O time em que sempre jogou, hoje o homenageia com uma estátua em frente à sede do clube, na Rua General Severiano.

Em nota oficial, o Botafogo de Futebol e Regatas lamentou o falecimento do ídolo. “Tão adorado quanto Garrincha. Tão respeitado quanto Pelé. Com sua habilidade e categoria, Nilton Santos ultrapassou o conceito de maior lateral-esquerdo da história do futebol mundial. Ao ser chamado de "enciclopédia do futebol", teve de forma definitiva o merecido reconhecimento de sua incrível capacidade de encantar o torcedor.”, diz a nota.

De acordo com texto publicado no site do clube, segurança na marcação era uma de suas virtudes como jogador. "Com sua dinâmica de jogo, tornou-se o precursor dos laterais que buscavam o ataque, tendo marcado um gol na Copa de 1958, contra a Áustria, fato raro na época em que lateral era apenas marcador de ponta. Se, taticamente, tinha sua importância para o esquema do Botafogo e da seleção, foi fora de campo que marcou um de seus mais belos gols: quando, após enfrentar Mané Garrincha num treino, Nilton praticamente forçou o Botafogo a contratar o então desconhecido ponta-direita”, diz ainda  a nota do clube.

Em nota, a  Confederação Brasileira de Futebol (CBF) disse que Nilton Santos foi um jogador "à frente de seu tempo: um lateral-esquerdo que tinha como característica ajudar o ataque, com suas investidas pelo lado do campo. "Jogador de estilo clássico, daqueles que dificilmente davam 'carrinho' para desarmar um atacante, Nilton se gabava brincando com a frase futebol foi feito para jogar com de cabeça em pé, não deitado", lembrou a CBF.os os brasileiros apaixonados pelo bom futebol.

O presidente da CBF, José Maria Marin, decretou luto e determinou a observação de um minuto de silêncio em todas as partidas das competições organizadas pela entidade. O luto e o minuto de silêncio valem também pelos dois operários mortos hoje em um no Itaquerão, em São Paulo.

Em seu site, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) destacou que o ex-jogador foi uma das maiores referências do futebol mundial. Segundo a Fifa, o lateral esquerdo Nilton Santos fez história com a camisa da Seleção Brasileira e do Botafogo entre os anos 50 e 60.

 

Edição: Nádia Franco//O texto foi ampliado às 20h05 com a inclusão de informações sobre o velório e o sepultamento do ex-jogador Nilton Santos, às 21h04, com a nota da CBF sobre a morte do jogador e, às 21h09, com a mensagem da Fifa

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