Heloisa Cristaldo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, disse hoje (30) que a presidenta Dilma Rousseff “demonstrou ao presidente Evo Morales seu repúdio ao episódio de retirada do senador Roger Pinto Molina da Bolívia”. Dilma e Morales se reuniram por uma hora antes da 7ª Cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Paramaribo, no Suriname. As informações foram divulgadas pelo Twitter da Presidência da República.
Segundo Figueiredo, o episódio “não irá alterar” as relações entre o Brasil e a Bolívia. O chanceler destacou ainda que "o pedido de extradição do senador não foi feito pela Bolívia. É uma hipótese que, se ocorrer, será julgada pelo STF [Supremo Tribunal Federal]".
Após 15 meses abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz, o senador Pinto Molina deixou o país com a ajuda do diplomata Eduardo Saboia, que assumiu a responsabilidade pela operação de retirada do parlamentar da Bolívia. Molina, que liderou a oposição ao governo de Evo Morales, pediu asilo político ao Brasil, alegando perseguição política. O salvo-conduto era negado pelas autoridades bolivianas sob alegação de o parlamentar responder a processos judiciais no país.
Luiz Alberto Figueiredo também falou sobre o conflito na Síria e a posição do governo brasileiro em relação às denúncias de uso de armas químicas. O ministro destacou que o “uso da força na Síria precisa da anuência da Organização das Nações Unidas [ONU]” e que “qualquer decisão sobre a Síria fora da Carta da ONU é ilegal”.
De acordo com a Presidência da República, Dilma Rousseff promoveu reunião entre os presidentes da Venezuela Nicolás Maduro e do Paraguai, Horacio Cartes. O Paraguai ficou suspenso por 14 meses do Mercosul e da Unasul porque os líderes dos dois blocos regionais discordaram da forma como Fernando Lugo foi afastado da Presidência do Paraguai, em 2012.
Ainda no Suriname, a presidenta participou de uma reunião bilateral com o presidente do Peru, Ollanta Humala.
Edição: Aécio Amado
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