Alunos de escolas públicas do Rio visitam a Bienal do Livro

30/08/2013 - 22h00

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - Kayo Masello tem 15 anos e estuda no Colégio Estadual Hélio Pellegrino, em Campo Grande, zona oeste da capital fluminense. O estudante do 1º ano do ensino médio foi um dos milhares de adolescentes que hoje (30) visitaram a 16ª Bienal Internacional do Livro, no Riocentro. Ele disse que a ida à bienal não é uma novidade, desde criança conhece a feira, levado pelos professores e pela família. "É uma inspiração grande que a gente tem para o nosso cotidiano”, disse ao falar dos assuntos que os livros abordam.

Hoje não foi diferente, Kayo visitou a bienal acompanhado de uma professora e dos colegas da escola. "A vinda à bienal incentiva a leitura. Cada livro, cada edição, cada autor com sua ideia diferente. Clarice Lispector, para os jovens, chama a atenção", declarou.

O estudante disse ainda que gosta quando a escola também estimula a leitura. "A minha escola puxa. Com a professora de português, Deiselene, a gente busca bastante a leitura. A minha família também. Não só de livros, mas de jornais para melhorar o conhecimento", destacou.

A estudante Heliza Cassiano concorda com Kayo, ela também disse que gosta do incentivo que tem na escola. Esta é a primeira edição da feira que ela visita, e achou "maravilhoso". Segundo a estudante, ler abre o pensamento e a imaginação. "Pode-se imaginar o que quiser. Faz um filme na cabeça", declarou.

Segundo ela, o que viu nos pavilhões do Riocentro, na zona oeste da capital fluminense, foi mais do que tinha pensado em encontrar. "Chegar aqui e encontrar jovens felizes querendo aproveitar o tempo que passam por aqui é muito bom", disse. Heliza que estava com três amigos, além de Kayo, ressaltou que eles resolveram comprar livros diferentes para depois trocar dentro do grupo."Cada um pode passar para o outro e assim todos leem", acrescentou.

A presidenta do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Sônia Machado Jardim, acredita que os lançamentos de livros com temas para adolescentes que ocorreram nos últimos anos transformaram o gosto dos jovens pela leitura. Segundo Sônia, os adolescentes interessam-se mais e, a partir desse tipo de leitura, partem para outros gêneros de literatura. "É como na música. Em geral não se começa pela música clássica. Depois se vai aprimorando. É assim com a literatura também", disse à Agência Brasil.

Sônia disse que, ao chegar hoje ao Riocentro, antes da abertura da bienal, observou o entusiasmo dos jovens aguardando para conhecer a feira. "Quando os portões abriram, eles entraram com uma alegria tão grande, e uma euforia, que eu achei interessante", ressaltou.

 

Edição: Aécio Amado

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