Mercadante diz que Programa Mais Médicos será amplamente debatido no Congresso

09/07/2013 - 14h07

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em resposta às entidades médicas que criticaram o Programa Mais Médicos, lançado ontem (8) pelo governo federal, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (9) que a proposta ainda será amplamente debatida no Congresso e que as mudanças valerão apenas a partir de 2015.

Segundo ele, o Brasil está usando experiências bem-sucedidas de outros países, principalmente os da Europa, e os dois anos em que os estudantes de medicina trabalharão no Sistema Único de Saúde (SUS), após a graduação de seis anos, como prevê o programa, servirão aprimoramento.

“Esse é um debate legítimo, transparente e democrático. Estamos fazendo uma proposta para os estudantes que vão entrar em 2015. Ou seja, temos um ano e meio para debater esse assunto”, frisou o ministro. “Estamos trazendo uma experiência que a Inglaterra iniciou e que vários países do mundo adotaram. Isso melhora o serviço de saúde para o povo e isso permite humanizar o médico”, acrescentou Mercadante.

Entidades médicas consideraram o Programa Mais Médicos inadequado e explorador. As entidades também criticaram a possibilidade de contratação de médicos formados em outros países.

Apesar de o governo ter enviado a proposta na forma de medida provisória, ou seja, já com poder de lei, Mercadante ponderou que há tempo para o debate e que o Executivo quer transparência na discussão do tema. “O objetivo nosso é transparência, ouvir os argumentos. Não temos nenhuma visão preconcebida. Temos tempo para debater. Isso só vale para os alunos que vão entrar a partir de 2015”, disse.

Edição: Talita Cavalcante

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