Daniel Mello*
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A manifestação na capital paulista já reúne cerca de 30 mil pessoas, conforme cálculo da Polícia Militar. O protesto concentra-se principalmente no percurso da Avenida Paulista até o Parque Ibirapuera, mas há também manifestações na Avenida 23 de Maio, na altura da Rua Tutóia, e na Rodovia Castello Branco, nos dois sentidos, no km 22. Os atos são pacíficos.
Na Avenida Paulista, a manifestação está dividida em dois blocos distintos: em um deles, as pessoas protestam contra os partidos políticos, a corrupção e os gastos excessivos com obras da Copa do Mundo. Nesse grupo, os manifestantes gritam palavras de ordem contra a presidenta Dilma Rousseff, o prefeito Fernando Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pedem mais recursos para a educação e saúde, além de hostilizar os partidos políticos.
O segundo grupo, encabeçado pelo Movimento Passe Livre (MPL), pede “tarifa zero” para o transporte público. Esse bloco inclui também representantes dos movimentos estudantis, de partidos como o PSTU e o PSOL, do movimento gay e da Central de Movimentos Populares. Não é possível saber qual dos dois grupos têm mais participantes.
Na manifestação de hoje, o MPL comemora a revogação do aumento nas tarifas do transporte público na capital e lembra as pessoas que estão presas ou sofrem processo criminal pela participação nos protestos anteriores.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o governador do estado, Geraldo Alckmin, anunciaram ontem (19) a revogação do aumento das tarifas do transporte público. Com isso, o valor caiu de R$ 3,20 para R$ 3. A decisão vale para ônibus que circulam dentro do município, trens e metrô. Apesar de a revogação já estar valendo, há necessidade de um período de até cinco dias para que os leitores de passagem sejam ajustados.
O anúncio ocorreu um dia após a sexta manifestação contra o aumento das tarifas em São Paulo. O ato reuniu milhares de pessoas e concentrou-se em frente ao prédio da prefeitura e na Avenida Paulista. Alguns dos presentes à manifestação tentaram invadir, sem sucesso a prefeitura, depredaram o prédio e entraram em conflito com a polícia.
*Colaborou Bruno Bocchini
Edição: Nádia Franco
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