Douglas Corrêa e Cristiane Ribeiro
Repórteres da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Polícia Militar está cercando a Faculdade Nacional de Direito e o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no centro do Rio, onde centenas de estudantes procuraram abrigo depois da manifestação na Avenida Presidente Vargas.
A Reitoria da UFRJ informou, em nota, que está acompanhando a situação das cerca de 700 pessoas que neste momento estão abrigadas nos prédios da universidade. Segundo a nota, a maior parte, 400 estudantes, está no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, no Largo de São Francisco. De acordo com o reitor da instituição, Carlos Levi, além de estudantes da UFRJ, alunos de outras instituições, como as universidades Federal Fluminense (UFF) e do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), estão nas unidades.
"Nós, da UFRJ, estamos confiantes na preservação da integridade e autonomia dos espaços universitários, bem como na integridade física de todos os que ali se encontram. A UFRJ vai continuar acompanhando a participação de seus estudantes nas manifestações legítimas, preocupada sempre com sua segurança, que deve ser garantida em nosso país, em sua democracia duramente conquistada", diz a nota.
Mesmo depois de terminada a passeata, manifestantes continuam espalhados pela cidade. A Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na zona sul, foi fechada nos dois sentidos, devido a um grupo de manifestantes que tentou protestar em frente à sede do governo do Estado. O prédio, que abriga diversas secretarias estaduais, além do gabinete do governador Sérgio Cabral, está com policiamento reforçado desde a manhã de hoje para evitar ações de depredações.
Os manifestantes, depois de dispersados pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar na Avenida Presidente Vargas, local da manifestação, rumaram para a região da Lapa, tradicional ponto de boêmia do Rio de Janeiro, onde houve novo enfrentamento com os policiais do Choque.
Os bares e restaurantes da região da Lapa, que estavam lotados, foram obrigados a fechar as portas rapidamente, devido ao estrondo de bombas de gás lacrimogêneo e ao corre-corre na Avenida Gomes Freire, onde fica a Chefia de Polícia Civil e a 5ª Delegacia Policial, local para onde são levados os presos em todas as manifestações na área central da cidade. Ainda não há informações sobre o número de presos.
Mais tarde, a polícia esclareceu que fez um cerco aos prédios por acreditar que as pessoas estariam invadindo o Instituto de Filosofia e também a Faculdade de Direito. Depois, foi esclarecido que eram estudantes procurando abrigo na universidade.
Edição: Fábio Massalli//A matéria foi atualizada no dia 21.06.2013 para acréscimo do último parágrafo
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