Chanceler defende que blocos regionais ampliem acordos na busca da paz e da democracia

20/06/2013 - 13h14

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu hoje (20) que a integração regional deve ir além das negociações comerciais e incluir abordagens sociais em busca da paz e da democracia. Patriota disse que é fundamental ampliar os acordos nas áreas de ciência e tecnologia, educação, saúde e infraestrutura para que os blocos regionais produzam melhorias na qualidade de vida em todas as sociedades.

“Já está se chegando ao esgotamento da relação puramente comercial, resta muito pouco espaço para avançar a área de livre comércio”, ressaltou o chanceler, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado. “O comércio provavelmente não mais deverá ser o vetor de avanço da integração sul-americana”, completou.

Patriota lembrou que nas Américas exitem o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, suspenso temporariamente) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), formada pelos cinco países e mais dez, além de vários agrupamentos regionais. “[Pelos caminhos do desenvolvimento em vários setores] chegaremos à paz, democracia e inclusão social no século 21”, disse ele.

O chanceler está na Comissão de Relações Exteriores do Senado para prestar esclarecimentos sobre a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Peru) firmada em junho de 2012, e os efeitos deste bloco para o Mercosul e a Unasul. Patriota elogiou a iniciativa da aliança, mas lembrou que há espaço para os vários agrupamentos regionais.

“[A Aliança do Pacífico] representa uma oportunidade que deve ser compreendida e aproveitada. Mantemos relações próximas”, disse o chanceler referindo-se às relações da Aliança do Pacífico com o Mercosul e a Unasul. Mas ressaltou que na aliança não há a integração física existente no Mercosul e na Unasul.

O Mercosul reúne um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões, aproximadamente 275 milhões de habitantes e engloba 65% do comércio exterior. “É a mais bem-sucedida aliança e conseguiu incorporar o comércio intra e extra-zona”, ressaltou o chanceler.

Edição: Talita Cavalcante

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