Número de refugiados no Brasil chega a 4.250

08/06/2013 - 17h32

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A menos de duas semanas do Dia Mundial do Refugiado, um grupo de estrangeiros se reuniu hoje (8) em Brasília em um restaurante, fundado por refugiados cubanos. No cardápio, a comida típica de Cuba: arroz, feijão, carne e legumes. Nos depoimentos, os homenageados fizeram declarações de amor ao Brasil e às conquistas obtidas no país. O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, disse à Agência Brasil que há 4.250 refugiados no país, de mais de 70 nacionalidades. Os maiores grupos são oriundos da Colômbia, de Angola e da Libéria.

“Procuramos receber todos com solidariedade e seguindo as orientações internacionais”, ressaltou Abrão, que participou do almoço oferecido pela família de Guillermo Pérez, refugiado cubano, na cidade de Riacho Fundo, que fica a cerca de 30 quilômetros do Plano Piloto de Brasília.

Os irmãos cubanos Laura e Guillermo Pérez Júnior não se cansam de elogiar o Brasil e o que conseguiram conquistar, depois que chegaram ao país. “Amo muito Cuba, lá estão todas as minhas raízes, mas aqui no Brasil consegui ter oportunidades e ganhar meu dinheiro”, disse Júnior, que é formado em curso técnico superior de engenharia mecânica e está no Brasil há dois anos.

Aos 21 anos, Laura Pérez está no Brasil há quatro anos e no final de 2013 concluirá o curso de administração superior. “Valeu muito a pena ter vindo para cá. Quero morar minha vida inteira no Brasil e só sair daqui para viajar pelo mundo”, disse ela, em um português perfeito. O amigo Gustavo Acoste Marrero, formado em curso técnico superior de gastronomia, também elogia.

“Tive dúvidas sobre vir para o Brasil, porque tenho uma filhinha e tive de deixá-la com a mãe em Cuba, mas quando vi que conseguia reunir em três meses uma quantia de dinheiro que era preciso um ano no meu país, resolvi ficar”, disse Gustavo Marrero.

O Restaurante Laura, que serve de local de encontro para refugiados, foi fundado pelo casal Guillermo Vitón e Loida Labrada, que chegou a Brasília em 2009 e teve a condição de refúgio reconhecida pelo governo brasileiro. Ambos são formados em gastronomia e deixaram seu país em decorrência de suas atividades políticas.

O Dia Mundial do Refugiado é comemorado em 20 de junho, de acordo com a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, aprovada no ano 2000. Criada em 1950, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) é considerada uma das maiores entidades humanitárias do mundo, com representações em mais de 120 países.

Edição: Juliana Andrade

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil