Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz, em Jacarepaguá, na zona oeste, promoveu hoje (8) uma festa da cidadania para vacinar as crianças de 6 meses a menores de 5 anos contra a poliomielite. Milhares de pessoas participaram do evento Fiocruz pra Você e aproveitaram para medir a pressão arterial e verificar a taxa de glicose no sangue. Na parte da manhã, artistas de circo e apresentações de teatro e dança animaram a criançada.
A dona de casa Ana Cláudia Marcolino, de 24 anos, levou os filhos Maximiliano, de 4 anos, e Mariana, de 2 anos, para tomar a vacina contra a paralisia infantil. Ela disse que nunca deixou de vacinar suas crianças para protegê-las contra as doenças. "E a gente ainda pode aproveitar o dia para as crianças brincarem e se divertirem com os números de mágica e com a apresentação dos artistas circenses." Os filhos dela também tiraram fotos com a atleta olímpica Jaqueline Silva, que ganhou a primeira medalha de ouro para o Brasil no vôlei de praia, fazendo dupla com Sandra Pires na Olimpíada de Atlanta, nos Estados Unidos, em 2006.
O diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe, disse que essa ação de cidadania é realizada há 20 anos pela Fiocruz, quando a instituição atravessava uma crise com a comunidade do entorno, em Manguinhos. "Iniciamos o embrião do que a gente hoje chama de pacificação das comunidades e a nossa proposta foi exatamente oferecer para a comunidade do entorno não só a ação de saúde, que é a vacinação, mas também um dia de atividades culturais, de projetos sociais, que a gente pudesse então ajudar a comunidade para além do trabalho que nós desenvolvemos."
Felipe disse que desde 2004, com a inauguração de Farmanguinhos, em Jacarepaguá, a Fiocruz busca a mesma relação que existe em Manguinhos, oferecendo serviços sociais e educação para a saúde ao mesmo tempo em que faz o trabalho de imunização.
Em 1989 foi registrado o último caso de poliomielite no Brasil e em 1994 o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de erradicação da doença. Segundo o diretor de Farmanguinhos, o Brasil conseguiu um feito inovador com a campanha de vacinação. "Nós hoje, por exemplo, podemos perder tecnologicamente para os Estados Unidos, mas temos uma capacidade de fazer uma cobertura vacinal muito maior."
Edição: Andréa Quintiere
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