Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Com 80 tendas, foi aberta hoje (30) a 13ª Feira Cultural LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) no Vale do Anhangabaú, centro da capital. O evento faz parte do Mês do Orgulho LGBT que termina com a parada, no próximo domingo (2), que percorre as ruas centrais. O presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Fernando Quaresma, lembra que nas últimas semanas foi realizada uma série de atividades que começaram com o Prêmio Diversidade e prosseguiram com um ciclo de debates, um ciclo de leituras dramáticas e uma mostra de cinema.
Segundo Quaresma, a feira ajuda a trazer visibilidade para a parada. “Trazemos a cultura LGBT para o palco. E damos espaço tanto para os comerciantes quanto para as organizações não governamentais que fazem parceria com a gente”, destacou sobre o evento que, além de performances teatrais e shows de drag queens, terá 12 horas ininterruptas de discotecagem. Também estão expostos roupas, cosméticos e livros.
A secretária da Justiça de São Paulo, Eloísa Arruda, destacou que a feira é um momento de encontro da comunidade LGBT, de lazer e também de reflexão sobre o combate à homofobia. “Na barraca montada pelo governo do estado, estamos distribuindo material informativo sobre os direitos da população LGBT. E também temos um momento lúdico para as pessoas interagirem, com a participação das drag queens”.
Entre os produtos oferecidos nas tendas está um catálogo de serviços para o público gay. “Não é um guia gay, é um guia voltado para o público gay. O guia gay é aquele que só vai ter casas gays e baladas gays. Aqui é o inverso, são todos os profissionais liberais e empresários que queiram anunciar o seu produto para esse público e não sabem como. Nós fazemos uma ponte”, diz uma das idealizadoras do projeto, Mirene Iraci, sobre o material que é enviado gratuitamente aos consumidores cadastrados.
A religião inclusiva está representada na tenda da Igreja para Todos. O pastor Wagner Jacobowisk explica que a congregação evangélica existe há dez anos com base em uma interpretação mais flexível da Bíblia. “Jesus foi a pessoa mais inclusiva de toda a história. Tanto que ele se aproximava dos leprosos, das prostitutas, de todas as pessoas que eram marginalizadas pela sociedade”, explica sobre a doutrina que é pregada em dois templos, um na cidade de São Paulo e outro em Campinas.
Edição: Graça Adjuto
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