Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília – O governo de Mato Grosso do Sul garantiu que os policiais militares que participaram hoje (30), da ação de reintegração de posse da Fazenda Buriti, em Sidrolândia (MS), não usaram armamento letal. O índio Osiel Gabriel foi morto e ao menos três tiveram que ser atendidos no Hospital Beneficente Elmíria Silvério Barbosa.
Em nota divulgada esta tarde, o governo sul-mato-grossense esclarece que os policiais militares apoiavam a ação coordenada pela Polícia Federal (PF), em cumprimento à decisão judicial. Os policiais militares empregados na operação integram a Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais, especializada em atuar em condições como as verificadas para retirar o grupo de índios terenas da Fazenda Buriti.
Ainda segundo o governo estadual, a tropa só usa armamento municiado com balas de borracha e equipamentos necessários à proteção dos próprios policiais.
"O comando da Polícia Militar recebeu, da Polícia Federal, informação de que contra os policiais teria sido utilizada arma de fogo", informa a nota, acrescentando que o governador André Puccinelli tentou contato com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a fim de pedir ações do governo federal para "aliviar a tensão e evitar novos conflitos, considerando que a questão fundiária e dos interesses dos indígenas é responsabilidade da União".
"Não sendo possível o contato, o governador falou com o general Roberto Sebastião Peternelli Junior que está substituindo o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, José Elito Carvalho Siqueira, e pediu intervenção imediata do governo federal para que a situação seja resolvida", conclui a nota.
Edição: Denise Griesinger
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