Presidente do ICMbio visita APA no Rio onde funcionária teve casa atingida por bomba

19/04/2013 - 16h48

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, visitou hoje (19) a Área de Proteção Ambiental (APA) de Cairuçu, em Paraty, litoral sul fluminense, uma semana depois de uma analista ambiental do instituto ter a casa atingida por uma bomba.

As polícias Civil e Federal estão investigando o caso, mas o atentado está sendo interpretado como uma forma de intimidar os servidores do instituto que combatem crimes ambientais na região. O atentado foi o terceiro feito contra analistas da APA de Cairuçu. Outra servidora teve automóveis incendiados no ano passado e em 2008.

De acordo com Vizentin, é  importante discutir o plano de manejo das cerca de 60 ilhas que pertencem à APA, principal motivo dos conflitos entre alguns integrantes da população e os analistas ambientais na região.

O presidente do ICMbio disse que a APA, com cerca de 30 mil hectares, contempla atividades produtivas nessas ilhas, mas que grande parte está sendo utilizada e ocupada de maneira irregular.

“Algumas ilhas estão indevidamente ocupadas, foram privatizadas sem que fossem respeitadas as leis que regulam a ocupação e o uso do solo. Então precisamos fazer um debate sobre o zoneamento, mas sem deixar de denunciar e coibir esses usos predatórios e completamente à margem da lei de boa parte do território”.

Vizentin também se reuniu com representantes da prefeitura, do governo do estado do Rio, do Instituto do Ambiente do Estado do Rio (Inea), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Polícia Federal e do Ministério Público da União. Segundo ele, as reuniões têm como objetivo a criação de um plano de ação mais integrado e coordenado entre os órgãos responsável pela gestão das unidades de conservação.

Edição: Davi Oliveira

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil