Brasil condena golpe na República Centro-Africana e apela pelo fim da violência na região

25/03/2013 - 16h42

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo do Brasil condenou hoje (25) a ação que derrubou o presidente da República Centro-Africana, François Bozizé, e diz que mantém contato com os brasileiros que estão no país. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, reiterou as preocupações da União Africana (UA) e da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre violações de direitos humanos na região e diz estar preocupado com o “rompimento da ordem constitucional”.

“O governo brasileiro vê com preocupação o rompimento da ordem constitucional na República Centro-Africana, resultante da ocupação da capital, Bangui, por forças de oposição ao governo do Presidente François Bozizé”, diz o comunicado.

Em seguida, o texto acrescenta que o governo brasileiros se associa ao Conselho de Paz e Segurança da União Africana e ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ao apelar pela “imediata interrupção das hostilidades e de quaisquer atos de violência contra a população civil”.

O comunicado informa que a Embaixada do Brasil no Congo, que é responsável pelas relações com a República Centro-Africana, tem mantido contato com os cidadãos brasileiros que vivem no país em crise.

Os rebeldes da coligação Seleka tomaram ontem (24) a capital Bangui, na República Centro-Africana, forçando o presidente Bozizé a abandonar o país. Em 2003, Bozizé chegou ao poder após um golpe de Estado.

A história política da República Centro-Africana é conturbada e marcada pela instabilidade. Ex-colônia da França, o país se tornou independente em 1960. Em 1976, o então presidente Jean-Bédel Bokassa se declarou imperador, mas foi deposto em meio a denúncias de violações de direitos humanos. Em 1979, o país voltou a ser República e o governo civil foi restaurado em 1986.


Edição: Denise Griesinger

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