Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Não faltam opções para a criançada no carnaval de rua do Rio. Além dos inúmeros blocos que desfilam pela cidade, uma tendência são os grupos infantis, muitos deles filhotes de blocos de adultos.
Um deles é o Largo do Machadinho, mas Não Largo do Suquinho, que anima a criançada há três anos e saiu na manhã de hoje (11). Uma das organizadoras, Carla Wendling, explica que a ideia do bloquinho surgiu da observação da quantidade de crianças que frequentavam o Blocão Largo do Machado, mas Não Largo do Copo, que há oito anos sai na região do Largo do Machado, no Catete.
“Nós observamos que existiam muitas crianças no bloco. Também pesquisamos e vimos que só tinha um bloco infantil, mas com música para adulto. Aí surgiu a ideia de fazer o bloco filhote, mas também não podia ser igual. Então, trouxemos a proposta das cantigas infantis em ritmo de marchinha, como Cai-Cai Balão e Ciranda-Cirandinha", diz Carla.
Ela explica que muitas marchinhas tradicionais, como Mamãe Eu Quero, têm temática mais adulta. “Então, a criança tem as músicas infantis e também conhece as marchinhas que são antigas para a gente, mas que para elas são novas”. A banda se apresentou hoje sem amplificação nem vocalista.
A menina Cecília Faria, de 7 anos, curtiu o Largo do Machadinho e disse conhecer várias músicas executadas. A mãe de Cecília, a advogada Mariana Faria, conta que sempre aproveita o carnaval de rua com a família, já que a festa tem melhorado a cada ano.
“O carnaval de rua do Rio melhorou muito nos últimos seis anos, as crianças têm tido mais opções, com os bailes infantis. A gente gosta dos tradicionais, como Suvaco de Cristo, Simpatia É Quase Amor, e alternativos como o Multiblocos. Com a Mariana, nós viemos aqui no Largo do Machado e vamos também no Bandinha de Ipanema. No ano passado, a gente foi no Que Caquinha É Essa?!” (filhote do Que Merda É Essa?!).”
A recepcionista Roberta dos Santos Paim, mãe de Maria Eduarda, de 5 anos, diz que os blocos de criança são ambientes mais agradáveis. “Os blocos de adulto têm mais confusão, mais tumulto, o pessoal vai mais em clima de briga. E nos de criança vêm mais famílias, o pessoal vem mesmo para se divertir, o ambiente é mais familiar”.
Neste carnaval, as crianças já curtiram blocos como o Spantinha (do Spanta Nenen), na Lagoa Rodrigo de Freitas, o Cobra Sarada, no Parque Guinle, Gigantes da Lira, em Laranjeiras, e a Escola Sá Pereira Infantil, em Botafogo.
Edição: Graça Adjuto
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