Hipermetropia afeta visão de 65 milhões de brasileiros, aponta conselho

15/01/2013 - 19h19

Da Agência Brasil

Brasília -  Calcula-se que 65 milhões de brasileiros têm hipermetropia e 350 mil ficam cegos por catarata, segundo dados divulgados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).  A hipermetropia "ocorre quando o olho é menor do que o normal. Isso cria uma condição de dificuldade para que o cristalino focalize na retina os objetos colocados próximos ao olho. A maioria das crianças são hipermétropes de grau moderado, condição esta que diminui com a idade. A hipermetropia pode ser corrigida através do uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia", informa o conselho.

Já a catarata é definida "como qualquer opacificação do cristalino que atrapalhe a entrada de luz nos olhos, acarretando diminuição da visão. As alterações podem levar desde pequenas distorções visuais até a cegueira". Vários fatores contribuem para o aparecimento da catarata, como medicamentos, diabetes, exposição à radiação, infecções durante a gravidez e desnutrição. 

O balanço aponta ainda que cerca de 15 milhões de crianças em idade escolar sofrem de problemas de visão (como miopia, hipermetropia e o astigmatismo), o que pode interferir no aprendizado, autoestima e inserção social. Segundo o conselho, a Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que 33 mil crianças ficam cegas no Brasil por causa de doenças oculares, que podem ser evitadas ou tratadas precocemente, e pelo menos 100 mil têm alguma deficiência visual.

Os conselho alerta que os idosos são os mais afetados por problemas de visão. O risco de cegueira, por exemplo, tende a ser 15 a 30 vezes maior em pessoas com mais de 80 anos em comparação às de 40 anos. O total de cegos no país chega a 1,2 milhão de pessoas. Quanto ao glaucoma, a incidência anual chega a até 2% na população geral e aumenta com o avanço da idade. Acima de 70 anos, pode chegar a 7%.

Em relação à miopia, a estimativa é que afeta de 21 milhões a 68 milhões de pessoas. Na população em geral, a prevalência da doença varia de 11% a 36%, sendo menor entre os negros e maior entre os asiáticos.

Os oftalmologistas alertam que os exames preventivos são a melhor maneira de reduzir a incidência da cegueira e doenças oculares no país, como glaucoma e catarata.


Edição: Carolina Pimentel

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