Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As autoridades do Irã agendaram para o próximo dia 26 a reunião com representantes da Ásia, África e da América Latina sobre a Síria. A ideia é discutir uma solução para encerrar o impasse na região que já dura 17 meses e matou mais de 20 mil pessoas, segundo organizações não governamentais. Convidado, o governo do Brasil não enviará emissários. O secretário da Liga Árabe, Nabil Al Arabi, confirmou que participará da Cúpula do Movimento Não Alinhado de Teerã.
As autoridades brasileiras não participarão da discussão em Teerã, pois o governo tem dado prioridade aos debates multilaterais e não as paralelos sobre os conflitos na Síria. Para o governo do Brasil, a Organização das Nações Unidas (ONU) é o ambiente para debater o tema. No mês passado, em Paris, na França, houve uma reunião do grupo Amigos da Síria, que apoia a oposição ao governo sírio, e o Brasil não enviou representantes.
O Movimento dos Países Não Alinhados, reúne 115 países em desenvolvimento, tenta buscar um caminho de independência nas discussões políticas, culturais, econômicas e sociais. Ao lado da China e da Rússia, o Irã é um dos países mais leais ao regime do presidente sírio, Bashar Al Assad. Chineses, russos e iranianos resistem à imposição de sanções à Síria.
A expectativa das autoridades do Irã é reunir representantes de pelo menos 15 países, no próximo dia 26, em Teerã. Os iranianos assumirão a presidência do movimento e prometem intensificar as críticas e as reações ao que chamam de pressão de parte da comunidade internacional.
“Os Estados Unidos, Israel e a Europa pressionam o Irã em várias frentes na tentativa de nos isolar e minar a influência regional”, diz a agência estatal de notícias do Irã, Irna. O Irã é alvo de várias restrições internacionais porque há desconfianças de que o programa nuclear desenvolvido no país produza armas atômicas. Os iranianos negam as suspeitas.
*Com informações da agência estatal de notícias do Irã, Irna//Edição: Carolina Pimentel