Fernando César Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Curitiba – A Secretaria de Saúde de Santa Catarina confirmou hoje (9) mais uma morte causada pela influenza A (H1N1) – gripe suína. A vítima é uma mulher de 58 anos de idade, moradora da cidade de Governador Celso Ramos, e ocorreu no dia 26 de julho.
De acordo com boletim divulgado pela secretaria, ela não apresentava doença associada. "[A paciente] teve início dos sintomas em 12 de julho, provavelmente retratando circulação viral na semana epidemiológica 28 [de 8 a 14 de julho]", diz.
Santa Catarina é o estado com o maior número de mortes provocadas pela gripe A, 73 ao todo. Apesar do anúncio de hoje, há duas semanas a secretaria não registra novos casos de morte pela doença. A informação ratifica a tese do Ministério da Saúde de o pico de mortalidade de pacientes que contraíram o vírus Influenza H1N1 em 2012 já foi ultrapassado.
No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde confirmou hoje as primeiras duas mortes do mês de agosto. Elas ocorreram ontem (8), uma em São Borja, uma mulher de 68 anos, e outra em Canela, um homem de 54 anos. Nenhum dos dois apresentava doenças associadas.
A secretaria também registra uma "discreta tendência de queda" das mortes a partir da 28ª semana do ano. O estado contabiliza 55 pessoas mortas. Como ainda há casos sendo investigados, o número pode sofrer alterações.
Os três estados da Região Sul, mais São Paulo e Minas Gerais concentram 87,8% das mortes provocadas pela doença este ano, conforme dados do Ministério da Saúde atualizados até o último dia 29 de julho. O total de 254 mortes ocorridas no período no Brasil corresponde a 12,3% do verificado em 2009, quando 2.060 pessoas morreram.
O ministério alerta que o antiviral oseltamivir, conhecido pelo nome comercial Tamiflu, é mais eficaz nas primeiras 48 horas do surgimento dos sintomas. O medicamento diminui as chances de evolução da doença para um quadro grave.
Os médicos estão orientados a receitar o oseltamivir a todos os pacientes com síndrome gripal residentes nos estados onde há maior circulação do vírus, mesmo antes de resultados de exames ou sinais de agravamento. A síndrome gripal é caracterizada pelo surgimento simultâneo de febre e tosse ou dor de garganta, além de dor de cabeça, nos músculos ou nas articulações.
Edição: Aécio Amado