Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em 15 meses de conflitos na Síria, pelo menos 14.115 pessoas morreram na região, segundo levantamento da organização não governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Apenas no sábado (9), 111 pessoas morreram, entre elas 83 civis e 28 soldados. Os protestos contra o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, começaram em março de 2011. Os manifestantes querem sua renúncia e o fim das violações aos direitos humanos.
A ONG contabiliza as mortes de 9.862 civis, 3.470 soldados e 783 desertores. A violência se intensificou no país, apesar da presença de 300 observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregados de verificar a trégua – negociada em 12 de abril – mas que não tem apresentado eficiência.
De acordo com relatos, os bombardeios ainda são intensos na Síria, principalmente na cidade de Homs, no centro do país, local considerado o foco da resistência a Assad. Há ainda informações de que o chamado Exército Sírio Livre aumenta seu contingente devido aos desertores do Exército oficial.
A principal organização de oposição, o Conselho Nacional Sírio, anunciou ontem (10) a escolha de um novo líder. É o sírio de origem curda Abdelbasset Sayda, de 56 anos, que vive exilado há 20 anos na Suécia. Ele era o único candidato ao comando da CNS. Apesar da falta de experiência política, o novo líder foi escolhido por ter um perfil conciliador e independente.
Sayda disse que a onda de violência está chegando ao fim e que o regime vai terminar em breve. Ele pediu aos sírios que vivem fora do país que organizem protestos contra a violência do governo em frente às embaixadas.
*Com informações da emissora pública de notícias da França, RFI//Edição: Graça Adjuto