Elaine Patricia Cruz e José Donizete
Repórteres da EBC
São Paulo – A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apresentou hoje (13) estimativas sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,6% para 2012 e de 2,8% para este ano. A previsão foi feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon).
Pelas estimativas, a indústria de transformação apresentará crescimento de 1,5% no ano que vem, ante 0,9% previsto para este ano. Para a Fiesp, as exportações brasileiras vão alcançar US$ 255,9 bilhões este ano e US$ 253,7 bilhões em 2012, enquanto as importações devem atingir US$ 226,7 bilhões ao final de 2011 e US$ 233,7 bilhões no ano que vem.
Para o presidente da entidade, Paulo Skaf, a economia brasileira poderia ter ido além, mas “marcou passo”. Na opinião de Skaf, o governo errou ao subir a taxa básica de juros (Selic) no primeiro semestre deste ano. "Nossa economia vai fechar o ano com um crescimento pequeno, em torno de 2,8%, com a geração de emprego muito menor do que poderia ser. Tudo isso por causa de medidas tomadas pelo próprio governo brasileiro. Durante o primeiro semestre, houve aumento de juros quando não havia necessidade, além de aumentar os gastos públicos”, criticou.
Segundo Skaf, o governo deveria ter enfrentado problemas como a guerra fiscal, a burocracia, a falta de reformas estruturais e a demora nas obras para as Olimpíadas e a Copa do Mundo – fatores que, em sua opinião, atrapalham o desenvolvimento do país.
Para o presidente da Fiesp, o crescimento pequeno da economia brasileira este ano não deve ser atribuído à crise internacional. “Este ano, a crise internacional não nos atingiu. A crise não chegou ao Brasil, não atravessou o oceano. O que estamos tendo agora é o esfriamento da economia brasileira por causa de medidas tomadas pelo governo brasileiro”, disse.
Edição: Lana Cristina