Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro do Interior do Egito, Mansour Al Essawy, defendeu hoje (24) o adiamento das eleições parlamentares no país, marcadas para daqui a quatro dias – no próximo dia 28. A sugestão dele ocorre no momento em que o país enfrenta uma onda de protestos e violência liderada por manifestantes que querem o fim do poder político da Junta Militar que governa desde fevereiro.
Essawy disse que fez sua sugestão, por meio de comunicados, a integrantes do Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o país. Segundo ele, os integrantes do governo “têm dúvidas sobre a conveniência de eleições”. Porém, oficialmente, as eleições parlamentares estão mantidas para a próxima segunda-feira e as presidenciais até junho de 2012.
Há nove meses, o Egito é governado pelo chefe do Conselho Supremo das Forças Armadas, o marechal Mohammed Hussein Tantawi. Ele assumiu o poder depois que o ex-presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de março deste ano. Para os manifestantes, o marechal representa a continuidade do governo Mubarak e mantém os atos da gestão anterior.
Ontem (23), a alta comissária para Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, condenou a atuação das forças de segurança egípcias contra os manifestantes que protestam na Praça Tahrir, no centro do Cairo. A estimativa é que 33 pessoas morreram e mais de 2 mil se feriram em três dias de manifestações. Hoje é o quinto dia de confrontos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto