Câmara de Campinas ouve testemunhas no processo sobre cassação de prefeito

22/11/2011 - 11h27

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Câmara Municipal de Campinas toma hoje (22) os primeiros depoimentos de testemunhas do processo sobre a cassação do prefeito da cidade, Demétrio Vilagra (PT). A Comissão Processante (CP) aberta para analisar o caso deve ouvir sete pessoas.

As três primeiras testemunhas a depor são de acusação. Serão ouvidos os empresários Alfredo Antunes e Augusto Antunes, além do ex-presidente da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa) Luis Castrillon de Aquino.

Depois, serão ouvidas quatro testemunhas de acusação: João Antonio Moraes, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP); Lauro Péricles, atual presidente da Sanasa; Nilson Roberto Lucilio, ex-chefe de gabinete de Vilagra; e Vicente Andreu Guillo, da Agência Nacional de Águas (ANA) e ex-presidente da Sanasa.

Todos os depoimentos serão tomados na sala da presidência da Câmara, assim como foi feito quando Vilagra prestou esclarecimentos à comissão na última sexta-feira (18). Na ocasião, o prefeito de Campinas negou ter participado de um esquema de irregularidades em licitações da Sanasa.

Investigações do Ministério Público (MP) sobre as supostas irregularidades motivaram o afastamento de Vilagra da prefeitura em outubro. A Câmara de Campinas decidiu afastar o prefeito para que ele não atrapalhasse as investigações.

O desembargador Rubens Rihl, do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que Vilagra fosse reconduzido ao cargo no dia 4 deste mês, 16 dias depois do afastamento. Ele entendeu que o prefeito não tentou atrapalhar as investigações e, por isso, deveria permanecer no cargo.

Na próxima segunda-feira (28), a comissão da Câmara de Campinas vai ouvir outras cinco testemunhas de defesa de Vilagra: Antonio Spis, ex-coordenador da FUP; Carlos Zarattini, deputado federal do PT; Guilherme Campos, deputado federal do PSD; Mohamed Habib, pró-reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e Wagner Luiz Constantino Lima, secretário-geral da Fundação Petrobras de Seguridade Social.

Edição: Graça Adjuto