Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O turismo internacional se recupera lentamente da crise econômica que atingiu o mundo em 2008 e 2009. As exceções são o Oriente Médio e o Norte da África, afetados por uma crise política que gera conflitos e violência, como ocorre agora na Líbia, na Síria e no Iêmen, entre outros países, assim como o Japão, que viveu em março o pior terremoto seguido por tsunami da sua história. A análise é da Organização Mundial do Turismo (OMT), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU).
Só no ano passado, o turismo internacional movimentou cerca de US$ 919 bilhões, sendo que em 2009 os números foram de US$ 851 bilhões. Ainda não há estimativas para este ano. As informações são da OMT e da agência de notícias das Nações Unidas.
Apenas nos dois primeiros meses de 2011, foi registrado aumento de 5% do fluxo turístico no mundo em comparação ao mesmo período em 2010. A América do Sul e o Sul da Ásia foram os locais escolhidos para turismo, registrando elevação de 15%. A Europa é terceiro foco de interesse, registrando 13% de aumento no turismo.
O secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, afirmou que os dados indicam a consolidação da recuperação do setor turístico após a crise econômica internacional. "A notícia é especialmente positiva para as economias emergentes e os países em desenvolvimento, particularmente para a África, onde o turismo é cada vez mais reconhecido como um motor de desenvolvimento e para as exportações e a geração de emprego", disse ele.
Rifai ressaltou ainda que além da Tunísia e do Egito – primeiros países que registraram manifestações populares que geraram as renúncias de seus respectivos presidentes BenAli (Tunsía) e Hosni Mubarak (Egito) -, o Japão também sofreu queda no turismo, mas por causa do terremoto seguido por tsunami, de 11 de março.
O assunto foi tema de uma reunião, em Istambul, na Turquia. No encontro, Rifai alertou as autoridades presentes sobre a necessidade de associar o turismo com as políticas de desenvolvimento sustentável e redução da pobreza.
Edição: Fernando Fraga