Setor de serviços foi responsável pelo maior número de empregos formais criados em 2010

11/05/2011 - 14h25

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O setor de serviços foi o que registrou o maior aumento de empregos em 2010, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada hoje (11) pelo Ministério do Trabalho. O setor foi responsável pela geração de 1,1 milhão de empregos. Em seguida, vêm o comércio, com 689,3 mil, e a indústria de transformação, com 524,6 mil. O único setor que registrou queda foi o da agricultura, com um resultado negativo de 18,1 mil postos de trabalho.

Segundo os dados da Rais, a Região Sudeste foi a que gerou o maior número de empregos (1,36 milhão), seguida da Nordeste (588 mil) e da Sul (479 mil).

Contudo, o maior número relativo de crescimento foi registrado na Região Norte, com um aumento de 9,90% em relação a 2009. Depois, vem a Região Nordeste, com 7,93%. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, isso se deve a mudanças no mercado de trabalho brasileiro. “O fluxo migratório do Brasil está mudando. Essas regiões estão se industrializando muito, o crescimento do salário mínimo ajudou que essas pessoas voltassem para sua terra natal. E, com isso, há uma nova fotografia do mercado brasileiro”, analisou.

Os dados também mostram que houve crescimento de 7,28% na contratação de mulheres em 2010, em relação ao ano anterior. Entre os homens, houve aumento de 6,7%. A participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou de 41,4%, em 2009, para 41,6%, no ano passado.

Segundo a Rais, também aumentou a participação no mercado de pessoas com ensino médio completo, de 40,05%, em 2009, para 41,85%, em 2010.

Além disso, no ano passado houve uma alta de 7,99% no número de contratações de pessoas com nível superior completo. Outro dado é que, pela primeira nos últimos cinco anos, o número de contratações de homens com formação de nível superior completo foi maior do que o de mulheres. O índice entre os profissionais do sexo masculino chegou a 9,22% e entre as pessoas do sexo feminino, a 7,13%.

O número de contratações de pessoas analfabetas teve queda de 2,61%. Segundo o ministro, isso se deve a uma “maior escolarização dos trabalhadores” e também a uma “maior exigência” por parte das empresas.

Edição: Juliana Andrade