França aumenta para 1.650 número de militares na Costa do Marfim

04/04/2011 - 14h40

Agência Lusa

Brasília - Na Costa do Marfim, em meio aos confrontos entre simpatizantes do atual presidente, Laurent Gbagbo, e o futuro governante, Alassane Ouattara, a França enviou hoje (4) 150 soldados para o país. O objetivo é aumentar o efetivo para 1.650 militares e elevar as possibilidades de proteção para os civis na região – entre cidadãos franceses e outros estrangeiros que estão em Abidjan, a capital da Costa do Marfim.

Ontem (3) o presidente da França, Nicolas Sarkozy, apelou para todos os cidadãos franceses se concentrem em Abidjan onde ocorre a maioria dos combates. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Valero, afirmou que foi montada uma base voluntária em três locais distintos para abrigar os cidadãos franceses que vivem na Costa do Marfim.

De acordo com o porta-voz, a comunidade francesa em Abidjan reúne cerca de 12 mil pessoas. As medidas de orientação do governo da França se intensificaram depois que sábado (2) as Nações Unidas e organizações não governamentais informaram que os confrontos geraram de 330 a mil mortos e desaparecidos.

Desde as eleições presidenciais em 28 de novembro de 2010, a Costa do Marfim está envolvida num clima de grande tensão e violência. Apesar de Ouattara ter vencido as eleições e reconhecido como vitorioso, Gbagbo se recusa a deixar o poder.