Wagner Rossi é mantido na pasta da Agricultura

08/12/2010 - 21h57

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro Wagner Rossi assumiu o Ministério da Agricultura no começo de abril no lugar de Reinhold Stephanes, que deixou o cargo para se candidatar à reeleição para deputado federal pelo Paraná. A influência de Rossi dentro do partido, principalmente sobre o vice-presidente eleito Michel Temer, o levaram a ser convidado pela presidenta Dilma Rousseff a permanecer no cargo. 

Rossi é formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), onde foi colega e se tornou amigo de Temer, atual presidente do PMDB. Também fez pós-graduação na USP em economia política, mestrado em educação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e é PhD em administração e economia da educação pela Bowling Green State University of Ohio, nos Estados Unidos.

Antes de ser ministro, Rossi foi presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, ligada ao Ministério da Agricultura, por dois anos e nove meses, o que facilitou sua escolha para o cargo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia dito que escolheria membros da própria equipe de governo para comandar, até o fim de seu mandato, as pastas em que seus ministros se licenciassem para concorrer nas eleições deste ano.

Nascido na cidade de São Paulo em 1943, Rossi vive em Ribeiro Preto desde a década de 1970, onde deu início à sua trajetória como empresário e produtor rural. A carreira política começou em 1983, quando se tornou deputado estadual, sendo também reeleito para a legislatura seguinte. Em seguida foi deputado federal por mais três mandatos, até 2002. Em São Paulo já foi secretário estadual de Transportes, Infraestrutura Viária, Educação, Esportes e Turismo, além de presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Depois de atuação discreta à frente do Ministério da Agricultura, principalmente nos últimos meses, com a expectativa de permanecer no cargo, Rossi terá de enfrentar algumas questões ainda sem definição. Entre as principais, estão a reformulação do Código Florestal Brasileiro, deixada pelo governo a cargo do Congresso, e a Política Nacional de Fertilizantes, que está com sua apresentação oficial atrasada.
 

 

Edição: Rivadavia Severo