Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo e a oposição já se preparam para uma batalha na votação dos quatro projetos de lei no plenário do Senado que regulamentam a exploração do petróleo na camada do pré-sal.
Hoje (27), o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), criticou a decisão do governo de manter a urgência constitucional na tramitação das propostas. Já o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o governo não retirará o pedido de urgência e começará a votação na primeira quinzena de maio.
Em discurso na tribuna do Senado, Virgílio disse que o pedido de urgência é uma tática de regimes autoritários e que “inviabilizou a discussão das propostas”. Ele convocou os parlamentares dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, que seriam os mais prejudicados com a mudança dos marcos regulatórios da exploração do petróleo, para que se juntem à oposição e impeçam a votação dos projetos “sem o debate necessário”.
“A urgência constitucional inviabilizou o debate, como também inviabiliza acordos, além de descartar por completo o aperfeiçoamento dos textos”, discursou o líder tucano.
Já Romero Jucá, afirmou que um jantar dos governistas, amanhã (28), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva servirá para preparar os aliados para a embate. “Amanhã [durante o jantar], vamos nos preparar para a guerra”.
Segundo Jucá, não haverá acordo para a retirada da urgência e a votação se dará com “o puro exercício da democracia. Quem tem a maioria ganha”.
Edição: Rivadavia Severo