São Paulo, 14/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O delegado de Taboão da Serra, Silvio Balangio Junior, apresentou hoje, os cinco envolvidos no assassinato dos estudantes Liana Friedenbach, 16 anos, e Felipe Silva Caffé, 19 anos. De acordo com o delegado, o idealizador do crime teria sido o adolescente R.A.C., 16 anos, conhecido como Champinha, que além de torturar e abusar sexualmente de Liana, e incentivar os comparsas a fazerem o mesmo, deu 15 facadas na estudante. A faca usada para matar a menina foi encontrada em um poço, próximo a casa onde Champinha morava no bairro de Santa Rita. A arma estava enrolada na roupa que o menor usava no momento no crime.
A polícia encontrou também o cartucho da bala disparada contra a nuca de Felipe. A arma, uma espingarda calibre 12, pertence a Champinha, mas quem atirou no rapaz foi Paulo César Silva Marques, o Pernambuco, 32 anos. Depois do crime, Pernambuco fugiu para São Paulo e quando soube da prisão de Champinha, foi para Recife. O assassino foi preso em Petrolina, a caminho de sua terra Natal, São José do Egito. Pernambuco chegou a Taboão da Serra na noite de ontem.
Os outros envolvidos são Antônio Caetano Silva, 50 anos, dono da casa que serviu de cativeiro para o casal de namorados; Antonio Matias de Barros, 48 anos, que guardou a arma do crime e Aguinaldo Pires, 41 anos, que, além de não ter socorrido, também estuprou Liana.
Os corpos do casal foram encontrados no último dia 10, na região de Embu-Guaçu. Eles estavam desaparecidos desde o último dia 31, quando viajaram para acampar em um sítio abandonado na cidade. Os dois mentiram para os pais sobre a viagem. Liana disse que iria com um grupo de amigos para a Ilhabela, no litoral norte. Felipe disse que ia acampar, mas com amigos.