Presidente da Eletrobrás queixa-se de ''amarras'' que atrapalham ações das estatais

05/11/2003 - 18h41

Rio, 5/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Existem amarras de todas as espécies que tolhem e inibem as ações das empresas estatais e que só serão desatados quando o Congresso Nacional votar e aprovar o novo Modelo Energético para o país. A afirmação foi feita nesta quarta-feira, em São Fidélis, pelo presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa.

"A legislação atual é muito impeditiva da ação das empresas estatais como a própria Eletrobrás. Existem amarras de toda a ordem e, espera-se que, com o novo modelo agora em elaboração no Ministério de Minas e Energia – e com o qual nos colaboramos no seu início – este entulho neoliberal possa ser removido".

Pinguelli garantiu, porém, que a Eletrobrás vem fazendo o que pode dentro da atual conjuntura, procurando o setor privado para a formação de parcerias. "Estamos tentando chamar as empresas para renegociar contratos que venham a ser considerados muito ruins para nós – como esse da EL Paso, da Amazônia.

Paralelamente, segundo Pinguelli Rosa, a Eletrobrás vem tentando expandir as atividades, concluindo Tucuruí e investindo em novos projetos. O presidente da Eletrobrás garantiu que a holding este ano investirá R$ 3,5 bilhões em obras, como a duplicação da própria usina de Tucuruí, que deve ser concluída no próximo ano, a aquisição de duas novas turbinas para Itaipu Bi-Nacional, a construção da Usina Termelétrica de Camaçari, na área da Chesf, além de várias outras em andamento.