Cerca de 150 mil homens com ascendência judaica serviram ao Exército alemão durante o regime de Adolf Hitler, alguns deles com consentimento explícito do líder nazista. A revelação foi feita pelo historiador amricano Bryan Mark Rigg, professor de História da Universidade Militar Americana, na Virgínia.
Seu novo livro, "Os Soldados Judeus de Hitler", ganhou versão alemã e foi comentado pelo jornal Die Welt como um dos mais importantes estudos sobre o Holocausto dos últimos tempos. O autor conta que, segundo as Leis de Nuremberg, de 1935, judeus ou pessoas com sangue judeu eram proibidos de prestar o serviço militar, mas Rigg localizou e entrevistou mais de 400 ex-soldados com antepassados judeus – apelidados de "Mischilinge" ( ou mestiços) pelos nazistas.
No início do regime, muitos soldados de ascendência judaica começaram a se queixar quando voltaram da campanha na Polônia e descobriram que a perseguição a suas famílias estava piorando. Por causa dessas queixas, Hitler proibiu a presença de soldados com sangue judeu a partir de 1940.
Há muito tempo os alemães sabem que havia, no Exército de Hitler, soldados que a rigor deveriam ser considerados judeus. Os casos mais famosos são os do ex-chanceler Helmut Schmidt e do marechal-do-ar Erhard Milch. Mas agora o número apresentado por Rigg deve surpreender muita gente.
Com informações da Radio Nederland