São Paulo, 27/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O economista Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2001, disse hoje ao participar de reunião do grupo temático "Fundamentos Estratégicos do Desenvolvimento", promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que a questão central para o Brasil, atualmente, e para os demais mercados emergentes, é criar políticas que possam promover o seu crescimento. "Persuadir o Fundo Monetário Internacional (FMI) a apoiar essas políticas e assinar um acordo também são pontos positivos. Por outro lado, acho que um acordo ruim é pior do que não haver acordo nenhum", disse.
"Uns anos antes da crise Argentina, houve uma série de maus acordos entre o FMI e a Argentina e não há dúvida que esses acordos pioraram muito a crise", explicou.
Stiglitz defendeu a redefinição da importância do superávit primário "porque às vezes é preferível ter déficit mantendo uma política de expansão da economia. Quando você tem uma economia em queda, você tem que ter uma política expansionista para compensar".