Madre Paulina: primeiro milagre foi reconhecido em 1989

18/05/2002 - 9h47

Brasília, 18 (Agência Brasil - ABr) - O processo de canonização de Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus começou em 1965. O primeiro milagre foi reconhecido pelo Vaticano em 1989. E em 1991, durante a visita do Papa a Florianópolis (SC), ela foi beatificada. Agora, 11 anos depois, ela será nomeada santa pelo Papa João Paulo II. Na ocasião, também serão canonizados outros três santos. O Papa durante o seu pontificado, desde 16 de outubro de 1978, já presidiu 131 cerimônias de beatificação e proclamou 1.282 beatos e canonizou 456 santos.

Fundadora da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição em Nova Trento (SC), em 1895, Madre Paulina é responsável pela cura de Eluíza Rosa de Souza, moradora de Imbituba, município do sul catarinense, que sobreviveu às complicações decorrentes da perda de um bebê no sétimo mês de gravidez.

Souza teve de se submeter a uma cesariana para retirar a criança que estava morta havia pelo menos três meses. Ela foi internada com uma forte infecção e sofreu uma parada cardiaca. Na época, os médicos não acreditavam na sua recuperação. Foi, então, que algumas freiras do hospital em que a moça estava internada resolveram pedir a cura dela para Madre Paulina. As beatas colocaram, inclusive, uma imagem da santa sobre o peito da paciente e rezaram. Esse é tido como o primeiro milagre de Madre Paulina.

O reconhecimento do segundo milagre, condição para a canonização, ocorreu em 2000. Foi a cura da menina Iza Bruna Vieira de Souza, que havia nascido com hidrocefalia, um acúmulo anormal de líquido no crânio, e agonizava. Depois das crises convulsivas, da parada cardiaca e do batismo, o quadro clínico dela se modificou rapidamente sem complicações. E, ao contrário do quanto se previa, segundo o prognóstico infausto, a recuperação foi surpreendente, com ótimo desenvolvimento psico-motor para a idade da criança.

Pela ausência de "seqüelas neuropsíquicas posteriores", o caso foi considerado excepcional pelos médicos que acreditavam que o bebê não sobreviveria. Na época foram feitas várias orações à beata e, atualmente, Iza não registra nenhuma seqüela. Bruna, hoje, com 10 anos, vai estar na primeira fila da cerimônia de canonização de Madre Paulina. (Daniela Cunha)