Presidente ucraniano diz que vai ajudar a libertar manifestantes, mas protestos continuam

10/12/2013 - 13h13

Da Agência Brasil *

Brasília - O presidente ucraniano, Viktor Yanukovich garantiu hoje (10) que irá ajudar a libertar da prisão os manifestantes detidos pelos protestos do último final de semana na capital do país, Kiev. De acordo com ele os culpados de ambos os lados - manifestantes e polícia - têm de ser responsabilizados por seus atos de forma justa. Cerca de 15 pessoas foram presas nos atos dos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, os mais violentos desde o início dos protestos.

Este compromisso foi o resultado da reunião que Yanukovich teve na manhã desta terça-feira com três ex-presidentes para discutir a crise política no país, na tentativa de chegar a um compromisso comum entre as partes - ou a uma demonstração de boa vontade - para amenizar as tensões.

Ontem (9), essa reunião já havia sido anunciada pelo governo como uma tentativa de apaziguar os protestos que tomavam as ruas. Os manifestantes no entanto ignoraram os possíveis resultados desse encontro e se recusaram a desmobilizar os protestos hoje.

Milhares de pessoas continuam ocupando a parte externa dos prédios do governo na capital do país, Kiev como insatisfação pelo adiamento do governo em assinar um acordo de associação entre a Ucrânia e a União Europeia - o que demonstraria uma hesitação em relação ao distanciamento com a Rússia.

Uma falsa ameaça de bomba na tarde de ontem piorou a situação e levou ao fechamento de três estações de metrô na capital por mais de quatro horas. Temendo uma deterioração ainda maior da crise no país, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden telefonou ao presidente ucraniano e disse que estava "profundamente preocupado com o crescente potencial de violência" na Ucrânia e pediu que o governo tomasse providências para distensionar a situação por meio do diálogo com líderes da oposição, segundo informações da Casa Branca.

As manifestações começaram na Ucrânia há cerca de duas semanas, depois de um protesto pacífico de apoio à aproximação do país à União Europeia que se desdobrou em um violento movimento nacional contra as autoridades - tanto devido ao adiamento da associação ao bloco europeu quanto pela reação violenta da polícia aos protestos. Os oposicionistas, agora, pedem o impeachment do presidente e a dissolução do Parlamento.

* Com informações da Itar Tass e da agência de notícias da China, Xinhua

Edição:  Valéria Aguiar