Presidente da Ucrânia tentará solucionar crise em encontro com ex-chefes de governo

09/12/2013 - 11h10

Carolina Sarres*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, decidiu hoje (9) se reunir com ex-chefes de Governo do país para discutir formas de solucionar a crise política. A iniciativa foi viabilizada pelo ex-presidente Leonid Kravchuk.

Há cerca de duas semanas, manifestações vêm sendo organizadas pela população como forma de demonstrar insatisfação com o adiamento do governo ucraniano em assinar um acordo preliminar de associação à União Europeia. Ontem (8), os manifestantes chegaram a pedir a demissão de Yanukovich, em ato que reuniu cerca de 200 mil pessoas na capital do país, Kiev.

Com a intensificação da crise nos últimos dias, o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon telefonou ontem ao chefe de Governo da Ucrânia e pediu que seja aberto o diálogo entre as partes para tentar amenizar a tensão. De acordo com informações da ONU, o secretário expressou sua preocupação com a situação do país e disse que o governo não deve fazer uso de violência.
 

A alta representante para Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia (UE), Catherine Ashton, é esperada na Ucrânia nos próximos dias. De acordo com a porta-voz da representante, Maya Kocijancic, a visita deverá ocorrer entre amanhã (10) e quarta-feira (11).

Catherine Ashton deve se encontrar com o presidente, Viktor Yanukovich, o primeiro-ministro Nikolai Azarov, líderes da oposição e membros da sociedade civil.  Ontem (8), a visita da representante do bloco foi discutida com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

Hoje, quatro centrais ferroviárias subterrâneas foram fechadas no centro de Kiev depois de uma ameaça de bomba. A pessoa que supostamente fez a ameaça ainda não foi identificada pelas autoridades, que estão no local com especialistas em explosivos e cães farejadores. A sede do governo está bloqueada por manifestantes, que organizaram barricadas durante a madrugada na área central da capital.

*Com informações da Itar Tass

Edição: Graça Adjuto