Maquinista disse que se distraiu em acidente de trem da Espanha

29/07/2013 - 11h37

 

Da RTVE

Madri – Francisco José Garzón Amo, maquinista do trem que descarrilou perto de Santiago de Compostela, na Espanha, na última quarta-feira (24), admitiu diante do juiz Luis Aláez que se distraiu a ponto de não saber em que ponto do trajeto ele estava. No acidente, 79 pessoas morreram.
 

O maquinista, acusado de 79 homicídios e de lesão corporal, cometidos por imprudência profissional, admitiu que estava a uma velocidade o dobro da permitida na curva limitada a 80 quilômetros por hora.

O condutor disse também que se confundiu e pensou não estar ainda na curva onde ocorreu o acidente. Afirmou que, quando quis frear, “que chegou a fazê-lo”, era tarde demais.

Francisco José Garzón Amo reconheceu, em seu depoimento ontem, que o acidente não ocorreu em decorrência de uma falha técnica, nem das condições do trem ou do trajeto, mas por causa de “erro humano” e de uma distração.

O maquinista, em liberdade provisória, está obrigado a comparecer semanalmente perante a Justiça e está proibido de sair do país sem autorização judicial por seis meses. Também está com a licença profissional suspensa por seis meses.

A abertura das caixas-pretas do trem será realizada nesta terça-feira (30) e será supervisionada por um perito especialista.

O funeral oficial dos 79 mortos será realizado hoje à noite na Catedral de Santiago de Compostela e contará com a presença de representantes da família real espanhola e do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.