Ex-primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif reivindica vitória nas eleições legislativas

11/05/2013 - 18h23

Da Agência Lusa

Lahore, Paquistão - O ex- primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif reivindicou a vitória do seu partido nas eleições legislativas que se realizaram hoje (11) no Paquistão e pediu a ajuda dos seus adversários para "resolver os problemas" do país.

De acordo com as projeções divulgadas pelas televisões locais, citadas pela [agência de notícias] AFP, a Liga Muçulmana (PML-N), de Sharif, terá sido o partido mais votado com uma vantagem confortável sobre os seus principais rivais, o PTI (Movimento para a Justiça), e do PPP (Partido do Povo Paquistanês), da família Bhutto, mas não obterá a maioria absoluta no Parlamento, o que deverá abrir o caminho a uma coligação.

A eleição das duas principais figuras do pleito, o ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif e o popular jogador de cricket Imran Khan, foi confirmada oficialmente, tendo este último admitido já a derrota. Sharif, líder da PML-N e chefe do governo paquistanês de 1990 a 1993 e de 1997 a 1999, foi eleito em uma circunscrição do seu estado natal, o Pundjab (Este do Paquistão).

Quanto a Imran Khan, o líder do PTI - partido que não contava com qualquer deputado no Parlamento cessante, mas visto como uma força crescente – foi eleito em Peshawar, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa (Noroeste do país).

O ex-primeiro-ministro Raja Pervez Ashraf, do PPP, foi derrotado na sua circunscrição, na cidade de Rawalpindi, no Punjab, pelo candidato do PML-N Raja Javed Ikhlas, de acordo com a televisão estatal.

Mais de 86 milhões de paquistaneses foram hoje chamados a escolher os 342 deputados à Assembleia Nacional do país, assim como os seus representantes nas quatro assembleias provinciais paquistanesas. Um total de 272 deputados são eleitos diretamente e 70 são nomeados em função de uma lista proporcional.

Observadores citados pela AFP esperam que a Liga Muçulmana venha a ocupar 100 assentos entre os 272 diretamente eleitos, e o PTI poderá obter entre 20 e 45 assentos diretos em um escrutínio marcado por forte participação e atentados que causaram mortes.