Tião Viana elogia atuação conjunta para resolver situação de haitianos no Acre

17/04/2013 - 10h08

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governador do Acre, Tião Viana, elogiou hoje (17) o esforço conjunto, de várias áreas do governo, na tentativa de buscar uma solução negociada sobre a entrada e permanência de imigrantes haitianos no Brasil. Ele destacou que “já há melhoras” nas cidades de Brasileia e Epitaciolândia, no Acre, por onde ingressa a maioria dos imigrantes. O governador também ressaltou o empenho do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty.

“O ministro [Antonio] Patriota colocou o empenho máximo nas negociações com as autoridades do Peru e do Equador, o que era muito importante para nós por causa das fronteiras, e a situação já melhorou muito na região. A força-tarefa da presidenta Dilma [Rousseff] também tem sido muito eficiente”, disse Tião Viana ao chegar para a reunião, no Itamaraty, com Patriota. Após o encontro com o chanceler, o governador participa de audiência pública na Câmara para discutir a situação dos imigrantes haitianos.

Antes da reunião, Patriota, disse à Agência Brasil que compreende a “frustração” das autoridades no que se refere ao tema. “Tenho tido contato permanente com o governador Tião Viana por telefone e entendo a frustração diante de uma situação tão inusitada como a atual”, ressaltou. Segundo ele, o “inusitado” foi causado pelo que chamou de “elemento surpresa” devido à chegada de um número acima do considerado normal de imigrantes no Acre.

Patriota destacou ter enviado uma equipe de diplomatas para Brasileia a fim de verificar a situação dos imigrantes, as demandas e a possibilidade de ampliar as atividades do Consulado do Brasil em Cobija (Bolívia) para a emissão temporária de vistos especiais.
 
Segundo o diretor do Departamento de Imigração do Itamaraty, o diplomata Rodrigo Amaral, as principais reivindicações dos haitianos são a regularização de documentos, o protocolo da documentação de refúgio e oportunidades de emprego. Ele visitou um abrigo em Brasileia, no qual estão cerca de 900 haitianos – homens e mulheres de várias idades e crianças.

Edição: Juliana Andrade

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