Inflação perde força em São Paulo, mas alimentos continuam em alta

05/09/2012 - 14h43

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo- O Índice do Custo de Vida (ICV), medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no município de São Paulo, encerrou agosto com variação de 0,2%. Esta taxa é 0,22 ponto percentual menor do que no mês anterior (0,42%) e próxima do resultado apurado em junho (0,23%).

Dos 10 grupos pesquisados, cinco apresentaram elevação e a maior delas foi na classe dos alimentos com 0,64%. Em saúde, a taxa ficou em 0,16%, em despesas pessoais 0,14%; em recreação 0,45% e em educação 0,06%. A pesquisa registrou queda em despesas diversas, -0,61%; em vestuário, -0,16%; equipamentos, -0,15% e habitação, -0,07%. O índice do item transporte não apresentou variação.

A economista responsável pela pesquisa, Cornélia Nogueira Porto, informou que a valorização das commodities (produtos primários com cotações internacionais), principalmente, da soja, está influenciando os preços no Brasil.

Na lista estão produtos que incluem o óleo, a margarina e a ração para aves. Neste último caso, a pressão inflacionária, que também foi exercida pela alta do milho, provocou impacto na cotação das aves, que aumentou 3,16% e dos ovos, com reajuste de 2,68%.

De acordo com a análise da economista, por enquanto, não há desequilíbrio entre a oferta e a demanda da carne bovina em razão da estiagem prolongada, porque há estoques remanescentes do bom período de chuvas, no final do primeiro semestre.

No acumulado de setembro de 2011 a agosto de 2012, o ICV teve alta de 6,18%. De janeiro a agosto, o índice subiu 4,07% e o grupo despesas pessoais foi o que mais avançou (12,55%), seguido por educação e leitura (8,25%).

 

Edição: Beto Coura