Aline Leal Valcarenghi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Instituto Chico Mendes, Roberto Vizentin, assinou hoje (05) portaria que cria mais duas reservas particulares de Patrimônio Natural (RPPN) em evento de comemoração aos cinco anos do instituto.
As RPPNs são unidades de conservação e de uso sustentável da biodiversidade que também podem se transformar em fonte de renda para seus proprietários, pois podem ser abertas à visitação pública controlada, com finalidades educacionais, científicas ou simplesmente de lazer.
O Brasil tem 602 RPPNs, somando 480 mil hectares de área particular preservada. Vizentin acha fundamental essa parceria com a iniciativa privada, mas acredita que o país ainda precisa avançar muito nessa área e reconhece que ainda são poucos os incentivos para um cidadão transformar suas terras em área de preservação.
“Neste país se dá incentivo para tudo, mas quando se trata de incentivo para conservação, para o uso sustentável dos recursos naturais, [os incentivos] são muito mais escassos. Acredito que a sociedade e o Congresso devem discutir uma reforma tributária voltada para esta finalidade, para desonerar os setores que queiram implementar estratégias produtivas baseadas na sustentabilidade e na biodiversidade brasileira”, disse o presidente.
No mesmo evento, a ministra Izabella Teixeira fez um balanço das ações do instituto. Ela acredita que houve avanços importantes na criação de áreas protegidas, nas maneiras de fiscalizar e nas novas estratégias de combater queimadas e incêndios florestais, porém ela reconhece que é insustentável o Brasil ainda não ter um plano de regularização fundiária. A ministra diz que até o final do ano espera ter uma proposta para debater com a sociedade brasileira.
Izabella Teixeira acrescentou que pretende ampliar o acesso da população às reservas ambientais. “Só preserva quem conhece”, disse.
Edição: Fábio Massalli