Cavendish fica calado na CPMI do Cachoeira

29/08/2012 - 18h38

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Protegido por habeas corpus expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-dono da Delta Construções Fernando Cavendish optou pelo silêncio perante à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira e foi dispensado.

Perguntado pelo presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), se desejava usar o tempo para se defender das acusações de participar do esquema criminoso comandado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Cavendish disse que, por orientação do seu advogado, permaneceria em calado.

O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), insistiu com Cavendish sobre declaração feito por ele de que poderia comprar senadores, o ex-dono da Delta respondeu apenas que “esse assunto, no momento oportuno, eu responderei”.

Neste momento, a CPMI toma o depoimento do contador Gilmar Carvalho Moraes, apontado pela Polícia Federal de integrar a organização criminosa chefiada por Cachoeira. Ele informou à comissão que está sendo ameaçado e pediu proteção ao colegiado depois do depoimento de sua mulher Roseli Pantoja da Silva.

Em depoimento à CPMI, Roseli disse que assinou uma procuração para o ex-marido e que o documento pode ter sido usado para criar empresas fantasmas que receberam recursos da Delta.

 

Edição: Aécio Amado